Curso
de Contrabaixo Acústico.
Individual:
Aulas:
práticas (45 minutos de duração)
teóricas (60 minutos de duração)
Ministradas 2 vezes
por semana.
1º Mês: R$ 450,00
2º Mês: R$ 450,00
3º Mês: R$ 450,00
4° Mês: R$ 450,00
5° Mês: R$ 422,00
Local: Escola ABC
MUSICAL.
Alameda Glete, 1018 - Bairro Santa Cecília / SP - CEP: 01215-001
(próximo a
estação do metrô santa cecília)
São Paulo - SP.
E-mail: abcmusical@abcmusical.com.br
História do Contrabaixo
O contrabaixo tem suas origens
remotas na Baixa Idade Média, período
compreendido entre o Cisma Greco-Oriental (1054) e a tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). Descendente de uma
família chamada "violas", que se dividia em dois grupos,
violas de braço e violas de pernas, o contrabaixo
é hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo
grupo.
Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca,
instrumento de origem árabe com formato parecido com o
alaúde como a guitar-fiddle (uma espécie de
violão com o formato semelhante a um violino). No Sacro
Império Romano Germânico, quase todos os
instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e
a grande. A música executada neste período era
bastante simples, as composições situavam-se
dentro de um registro bastante limitado e no que tange à
harmonia, as partes restringiam-se a duas ou três vezes. Era
muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em
uníssono.
Com o passar dos anos, o número de partes foi expandido para
quatro.
Aproximadamente na metade do séc. XV, começou-se
a usar o registro do baixo, que até então era
desconsiderado. Com esta nova tendência para os graves, os
músicos precisavam de instrumentos especiais capazes de
reproduzir ou fazer soar as partes graves. A
solução encontrada pelos construtores de
instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os instrumentos
existentes, mas em escala maior. Ocorre, então, uma
evolução técnica e
artística de um instrumento em conjunto com a
história da música. Assim, a
evolução no número de partes da
harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que
desempenhassem satisfatoriamente aquela nova
função.
De qualquer modo, seu ancestral mais próximo foi o chamado
violine, que no início do séc. XVII tornou-se o
nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na
metade do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do
violine. E começou a ter vida própria.
Entretanto, até a metade do séc. XVIII o
instrumento não era utilizado em larga escala, tanto que em
1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum
contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a
popularização.
Com o desenvolvimento da música popular no final do
séc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz,
inicia-se assim a introdução do contrabaixo com
uma inovação: ele não era tocado com
arco... apenas com os dedos a fim de que tivesse uma
marcação mais acentuada.
O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do
séc. XX, o baixo só pode ser imaginado como uma
imenso instrumento oco de madeira usado para bases de
intermináveis solos de sax, se bem que era usado
também no princípio do blues e do mambo (estou
falando de antes da 2º Guerra Mundial).
Assim foi até que em 1951, um norte-americano chamado Leo
Fender cria um baixo tão elétrico quanto a
guitarra elétrica que também criou. O primeiro
modelo foi denominado Fender Precision, e o nome não era
casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o
braço totalmente liso, o novo instrumento incorporava
trastes, assim como suas guitarras.
Parece uma bobagem, mas o detalhe dos trastes faz com que a
afinação do baixo seja muito mais precisa, eis
aí a origem do nome. Mas a revolução
fundamental que representa o baixo elétrico frente ao
contrabaixo é a amplificação do som.
Se a solução antigamente havia sido aumentar a
caixa de ressonância, transformando o violino em um
instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a
solução foi inserir uma pastilha
eletromagnética no corpo do instrumento para que o som fosse
captado. Além do mais, a redução do
tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transporta-lo com mais
comodidade, e poder viajar no mesmo ônibus dos outros
músicos portando seu próprio
instrumento.
Mas nem tudo seria apenas vantagem, sobretudo para aqueles que tocavam
baixo, mas não eram realmente "baixistas". Até
então, o contrabaixo era o instrumento que todos acreditavam
serem capazes de tocar, principalmente porque não se ouvia,
de modo que muitos mais representavam em palco do que realmente tocar o
baixo. A amplificação trouxe à tona
quais eram os verdadeiros baixistas.
Deve-se dizer que antes de 1951, na década de 1930, houve
arriscadas e valentes tentativas de se fazer o mesmo, principalmente
por parte de Rickenbacker. Mas se mencionei o Precision de 1951 como o
primeiro baixo elétrico é porque é o
primeiro que se pode considerar como tal, já que o anterior
entraria na categoria de protótipos. Como é
lógico, depois vieram outros modelos (como o Jazz Bass,
também de Fender), as imitações, etc.
Mas o significativo é que você pode comprar hoje
em dia um Precision com quase as mesmas características que
aquele, pois a maioria dos baixos atuais se baseiam em seu
desenho.
Os músicos de jazz e blues, a princípio, acharam
a idéia interessante mas mantiveram-se em seu
tradicionalismo. Somente muitos anos depois o baixo elétrico
seria tão popular no jazz e no blues quanto o
acústico. No caso do blues, ele surgiu assim que Muddy
Waters introduziu a guitarra neste ritmo, ainda que seu baixista, o
mitológico Willie Dixon usasse um acústico. No
caso do jazz, o baixo elétrico só veio
à tona com Miles Davis.
Nos anos 60, o papel do baixista segue sendo, basicamente, o mesmo que
nos anos 50: um suporte harmônico de fundo. A partir de 1967,
o baixo elétrico começa a aparecer,
fundamentalmente no rock'n roll. O melhor exemplo talvez seja o disco
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui já
podemos começar a falar de linhas de baixo de temas pop, tal
como os conhecemos atualmente. É prova disto o Festival de
Woodstock em 1969.
Os anos 70 apresentam a maturidade do baixo. Os produtores
começam a prestar mais atenção no
potencial do instrumento e o contrabaixo assume uma
importância maior, como no surgimento da disco music.
É fundamental também o surgimento do rock
progressivo, o jazz fusion, o latin rock, o heavy metal, o punk, o
reggae, o funk e a soul music. O baixo acústico se limita
apenas aos setores mais tradicionais, como jazz, blues e ritmos
tipicamente latinos, assim mesmo já rivalizando com o
elétrico. E é claro, a
popularização do fretless, o baixo
elétrico sem trastes.
O desenvolvimento da década de 80 apresenta a maturidade de
alguns estilos musicais e o desaparecimento de outros. Percebe-se neste
período que o baixo já não
é imprescindível, e que pode facilmente ser
trocado por um sintetizador. A massificação da
dance music (pária da disco music) deixa de lado o
contrabaixo, ainda que sua linha ainda esteja presente, mesmo que
sintetizada. Mas isto não acontecia apenas com o baixo, mas
também com a guitarra e a bateria, já que o
sintetizador era o instrumento fetiche do início da
década.
Para felicidade nossa, esta tendência de trocar todos os
instrumentos por um só foi passageira. E os grupos voltaram,
sejam eles de rock ou jazz, tanto o baixo elétrico quanto o
acústico estavam novamente no palco. Nem todos estavam
concordando com a massificação dos
sintetizadores, principalmente produtores mais atentos e a revista Bass
Player. O jazz começava a abrir um campo especificamente
voltado para o contrabaixo elétrico, e assim o instrumento
se desenvolveu com uma rapidez imensa tornando-se hoje um dos mais
importantes instrumentos musicais da música moderna.
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